terça-feira, 3 de agosto de 2010

Epifanias


Dois guris e uma gordinha enlouquecida, correndo portão adentro pela rodoviária, às dois para as quatro, atrás de um ônibus que saia às quatro horas.
Não poderia render nada menos que algumas epifanias inúteis Jessiquísticas.
Nem preciso comentar que na hora de sair de casa, tudo sumiu: o dinheiro da passagem, o casaco, o celular, os óculos, as calças, alguns neurônios, enfim.
Lembrei-me da vez em que fui, feito bandeira despregada, para Florianópolis atrás minha esposa (senta lá, Claudinha) Maria Gadú. Além de não levar protetor solar para um show à beira da praia, resolvi que iria de tênis e não levaria chinelos dentro da mochila. Sou muito inteligente, me admirem. Voltei completamente torrada, e com uma marquinha de caminhoneiro supimpa, por não ter levado roupas de banho nem tampouco ido de camiseta regata.
Primeira epifania: Sensações estou-esquecendo-alguma-coisa geralmente são verdadeiras.
Pela graça de Jeová, conseguimos embarcar no ônibus, já que o motorista havia dado uma paradinha para ir ao banheiro. Bendito sistema digestor.
As vezes me pego especulando como é a vida de um motorista de ônibus, sabe.
Provavelmente tenham família, que, a propósito, deixam em casa dias à fio. Me refiro aos motoristas de ônibus de viajem, obviamente. O salário deve ser bom pra compensar todo o tempo em que ficam isolados naquela cabine, que até plaquinha “não converse com o motorista” tem. Devem ter muito no que pensar, por que nunca os vi com algum iPod, botando pra quebrar num sertanejo universitário. 
Na real, já saquei todo o esquema. Como viajam muito, todos os motoristas têm várias amantes, uma(s) em cada cidade por onde passam, com as quais vivem loucas aventuras. Certamente são boêmios de primeira qualidade. Têm todos os bares do estado à disposição! Se você, caro leitor, é órfão ou, supostamente, teve seu pai morto brutalmente quando era pequeno demais para lembrar-se, provavelmente é fruto de atos carnais consumados pela sua mãe com algum funcionário da Unesul. Portanto, há pensamentos suficientes para algumas gerações de motoristas de ônibus.
Segunda epifania: a plaquinha “não converse com o motorista”, na realidade, só está ali para impedir que passageiros inconvenientes entrem na cabine e percebam a baita ressaca em que o motorista se encontra. 
Enfim, conseguimos chegar, os três, em Porto Alegre razoavelmente sem atrasos. O que foi um fato um tanto quanto singular, devido ao costume que o seu Matheus tem de arranjar uma maneira sobrenatural cósmica de se atrasar sempre que há oportunidade.
Algumas sequelas são geradas, toda vez que o visito. Uma delas pode ser facilmente notada com uma fita métrica e uma balança. Como se eu já não gostasse de comer tudo que me vem à frente, a dona Nita coloca toda aquela casa-barra-padaria à minha disposição, só para ver-me elogiar seus dons culinarísticos. 
Terceira epifania: não sei nem soletrar a palavra dieta na casa do Matheus.
Descobri também que a partir de um certo horário, não respondo pelos meus diálogos. Posso ser perguntada a respeito de qualquer coisa (medo), possivelmente a resposta será verdadeira. Ou será tão descaradamente mentirosa que a resposta real não será difícil de perceber. Acho que minhas células responsáveis pela sonolência são alcoolatras; partem do cérebro com a cachaça na mão, e quando chegam a invadir o organismo, já estão para lá de Bagdá. 
Quarta epifania: até meus neurônios são da manguaça. 
E nesse samba do crioulo doido que foi meu final de semana, me veio a quinta e mais importante epifania, não tão inútil, mas bastante Jessiquística: não vou conseguir fazer uma conclusão decente para este post. 
Se eu disser que adoro passar dias a fio falando merda à toa com meus amigos lindões, ficará muito clichê. Então, resta-me fazer algum trocadilho infame para a finaleira, ou alguma conclusão filosófica-sentimental a respeito da amizade eterna ou sabe-se lá o que. 
Como não consegui escolher entre as opções existentes, o texto fica por aí mesmo.
Ah, pára! Momentos epifânicos cansam a minha beleza.










* * *


Sessão #beijomeliga:
Beijo pro outro amigo mendigo que nós fizemos. 
Noutra vida devo ter sido uma sem-teto, só pode. Os mendigos gostam de puxar papo comigo. 
Tou vendo a hora que um deles vai me dopar e roubar meus rins.






Sessão #subnick:

Shimbalaiê com vo-cê  


     ;]

8 comentários:

  1. nossaaa aventura supimpa essaa nossa uhsahsausahusahuashusahusauh
    bahh muitas aventuras, amei muito tu ter ido comigoooo Jéééééé, inesquecível mesmo, espero que agente possa fazer muito disso ainda né lindaaaa, aki oh <3 amigos para sempre meeeeeeesmo!!! te amo lindaaa ótimo post, amei mesmo!!! epifanias pegandooo!!! só nao escrevo mais pq escrevendo só falo merda sem contar q escrevo muito mal hahahahah

    TE AMO MINHA LINDAA!!! mil beijos pra ti!!

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  2. "Se você, caro leitor, é órfão ou, supostamente, teve seu pai morto brutalmente quando era pequeno demais para lembrar-se, provavelmente é fruto de atos carnais consumados pela sua mãe com algum funcionário da Unesul."

    Dessa parte eu dei muita risada! Sorte que tenho pai vivo!

    Beijo, guria!

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  3. DAOSIDJSAOIDJSAODJ nossa, ri mtmt Jé! haha, realmente, tu sabe contar uma história, porque aos meus olhos ela não foi assim! OIJSDOISJAODIJA


    haha, nosso amiguinho mendigo, muito querido ele! ele e aquela "mãozinha" dele, eca eca.
    "touro! o signo do meu falecido filho com minha ex-esposa. Aries! signo da minha primeira mulher. Cancer! signo da minha terceira ex-esposa, acabei de sair da casa dela, aaargh." SAOIDJSAOIJDO ri mt da cara dele.

    E a gorda-monstro do ônibus? IJSAOIDJASOIDJOSAJ tadinha ein! Aquele onibus.. jurei que ia ter um infarto lá dentro! "vai atrasar, vai atrasar, não vai dar tempo, não vai chegar, não vai dar tempo" ASJDOISAJDOIJAS

    Beijo Jé *-*

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  4. shaushuahushauhs


    Ai guria me desatei a rir aqui... As colegas aqui falando de assuntos tensos e eu na moral rindo sozinha na frente de um pc.

    Verdadeiramente sono acaba com a pessoa aí né?!
    Isso quando tu não começa a devanear sobre assuntos aleatórios, naada a ver com o assunto:
    "Jé, tu acha que eu devo cortar o cabelo?"
    "ô Fulana, eu acho que ainda não comprei o estoque do mês passado!"
    aí fica aquele silêncio existencial
    "Jé! jé?!"
    "...Ahn Thasci?! Tava dormindo"
    (conversa numa noite dessas ano passado, talvez não com essas palavras, ahausha)

    Guria, ótimo post epifânico, e como sempre né?!

    Bjãão

    Thasci

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  5. uhahuauhahua lembro disso Thasci :P
    uhahua a louca começa a falar sonhando, naada a ver.
    Saudade de passar madrugadas alisando esse puta cabelão teu -nnnn
    uhahuahua mas a gente falava muita merda, noossa, nem presta.

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  6. hauhushauhsuahsua
    CERTO: Hablamos muchas mierdas con sueno, kkk

    Fica pra quem sabe: nós.

    Ah, so marcar filha: mi casa, su casa!
    Vem ver School Music pela milésima vez e eu chorar na TPM, kkkk

    LoL

    #NEMPRESTA²²

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  7. *O cabelo continua o mesmo, só mudou de comprimento lala.

    Neem digo queem me viciou nos cabelo curto...

    Mas agora vaai! Vai crescer, só pra ver tu fazendo por quatro horas a chapa: "Obá, Obá, Obá" kkk

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  8. MUITO BOM, suas epifanias são de ótima qualidade .-.
    esse post me envolveu D: (como todos os outros)
    sério, mto bom .-.
    não posso falar muito de ti, ao menos se tu tivesse passado protetor solar e usado chinelos e etc não teria sofrido...eu na minha única ida à praia...choveu e eu me queimei...não me pergunte como...e eu passei bloqueador solar. solmalditoeca D:
    preciso descobrir melhor quais horários tu fala a verdade ou tenta mentir descaradamente .-. isso é perigoso .-.
    te amo jé :D
    a conselheira nas horas vagas -qqqq asuhdhuasdsa

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